domingo, 24 de janeiro de 2010

Deixa a garota desabafar

Ola todo mundo, mais uma vez a adolescente anti-social deu as caras para mais um desabafo imaturo sem causa e desnecessário.

Dias vem, dias vão. O tempo ta ficando cada vez mais lento pra pessoas como eu, que passam horas sem fazer nada de útil para suas vidas. Claro, tenho meus momentos, mas quando se trata de ficar sem fazer nada, essa sou eu. Posso ficar dias em casa e boiando apenas com comida congelada e um computador ligado por perto. Posso até mesmo ficar semanas lendo o mesmo livro de romance fajuto apenas para alegrar minha vida nada amorosa que vai de mal a pior quando se trata de amor. Originalmente, eu sou caseira, mas bem que eu queria tirar umas férias da minha rotina e radicalizar em um lugar qualquer. Longe da sociedade, da civilização e até mesmo da rotineira internet. Querendo ou não, faço mal uso dela. Não uso para boas pesquisas, para notícias e tudo que dizem que é bom - e deveras, é muito bom - e sim para muito inutilidade pública. Blogs, besteiras, msn, jogos flash, música (ta, isso não é desnecessário). Eu só queria mesmo era ter que acordar todo dia e pensar "Whoa, hoje vai ser uma grande aventura" e não "Merda, tem que arrumar esse quarto". Talvez arrumar meu quarto seja uma enorme aventura pela montanha de livros e papéis empilhadas nas pratilheiras e nas gavetas. Talvez doar umas roupas sejam como escalar o Everest, ou fazer um rafting nas cataratas do Iguaçu. Eu sei, exagerado... Mas não me culpe por querer ter uma grande emoção na vida. Eu sei que sou a "anti-social", mas quem sabe eu não possa mudar isso (um dia)? É, até nisso eu tenho preguiça.

Esses dias eu estava pensando, "Deus, por que eu tenho que ficar sozinha?", "Eu não arrumo ninguém por que?". Gente, não namoro a anos e vejo minhas amigas namorando e tudo o mais isso me da uma certa agonia, sabe, e digo que esta tudo bem, mas deveras, esta tudo bem... Só tem uma parte incompleta na minha vida. A parte amorosa. Eu acho que o "eu romantico" esta com saudade de aparecer para alguém que possa se expressar e dar o seu melhor. Não quero mais rolos, problemas, encontros únicos e tal. Quero alguém que me passe a confiança necessária, alguém mais decidido que eu, alguém mais real que eu, alguém mais divertido e único do que qualquer um que tenha aparecido na minha vida antes.

Pra ser sincera, a palavra inimiga disso tudo é "desespero". Obviamente, quem se desespera nada alcança e quem não luta, nunca chega lá. O problema é quando a pessoa confunde o desespero com a força de vontade, e põe tudo a perder. São limites tão próximos quanto unha e cutícula, podem parecer a mesma coisa, mas tem pontos bem diferentes. O que eu to tentando dizer é que eu não conheço ainda essa diferença e não sei o que fazer, ai então eu paro e penso "pra que?". Simplesmente desisto e deixo tudo como esta, acho que já cansei de sofrer por isso e quero manter minha mente ocupada com inutilidade e nada mais. Minha mente vazia agora esta filosofando o tempo todo, sobre tudo. Vida, amor, amigos, colégio, emprego, raiva, família, bolsa família, governo, Obama, Deus, organização e unhas e cutículas. Acho que tenho um pouco de vocação para a filosofia, quem sabe um dia eu tente na faculdade, não sei... Só quero usar a filosofia para ocupar meu tempo, abrir horizontes e sei lá, encher o saco de alguém. O que posso dizer, eu sou uma adolescente rebelada com o amor e com a vida profissional. 

Como dizem por ai, um dia tudo passa, o tempo cura, esqueça e siga em frente, você supera. É, eu supero. Se todo mundo supera, por que eu não? 

Acho que esse desabafo poderia ser bem mais de uma mulher de 40 anos já com a vida completamente acaba e com seus valores todos destorcidos e que não sabe o que é amor. Pelo menos eu já experimentei, mas não sei mais se quero experimentar. Well, como li esses dias "cada mulher tem a vida amorosa que quer". Se eu quero o drama, vou ter o drama, se eu quero a comédia, terei a comédia, se eu quero o complicado, vou ter o complicado. Mas honestamente... Eu quero o real.

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